Sindicomerciários dá início a Campanha Salarial 2018 e a luta pela garantia dos direitos
Os trabalhadores do comércio de Caxias do Sul e região estiveram reunidos na noite desta quinta-feira, 27 de abril, no auditório do Sindicato dos Empregados no Comércio de Caxias do Sul (Sindicomerciários), para discussão da pauta de reivindicações da Campanha Salarial, na Assembleia Geral da categoria.
Entre as mais de 70 cláusulas apresentadas, que serão negociadas com os sindicatos patronais neste ano no Acordo Coletivo, está a troca do índice de correção utilizado, substituindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-E), porque representa melhor as perdas sofridas no poder aquisitivo do trabalhador – sendo usado nos processos trabalhistas, além do reajuste com aumento real. A data-base dos comerciários é no próximo dia 1º de julho. Entre os direitos pautados pelos trabalhadores, estão a Licença Maternidade de 180 dias (hoje 120) e o aumento para 20 dias para que os pais fiquem com seus filhos e esposas após o nascimento (hoje 5 dias). Além, de lutar para a manutenção dos direitos garantidos pela antiga convenção, como o auxílio-creche, triênios, qüinqüênio, quebra-de caixa, fornecimento gratuito de uniforme e piso para comissionados.
Para o presidente do Sindicomerciários, Sílvio Frasson, será uma negociação difícil, já que é a primeira sob os retrocessos da Reforma Trabalhista. “Vamos iniciar as tratativas com os sindicatos patronais, mas, como vimos ainda no ano passado, quando muitos impuseram barreiras para a negociação, buscaremos garantir os direitos conquistados e ampliar, na medida do possível, baseado no que a categoria solicitou”, destacou. Contudo, Frasson pondera que será preciso a participação da categoria na luta, o que já foi sentido na Assembleia. Para mobilizar a categoria para pressionar a classe patronal pela valorização dos trabalhadores, “além do nosso informativo, usaremos as redes sociais, aplicativos de mensagens (Whatsapp), programa de TV que mantemos na internet e propaganda nas rádios”, explicou.