Salário mínimo menor mostra que alvo de Temer é trabalhador
A previsão de que o salário mínimo passasse para R$ 979 foi cortada em R$ 10 para cada trabalhador brasileiro, passando a previsão para R$ 969, em 2018. Com isso, Temer pretende assegurar cerca de R$ 3 bilhões aos cofres do governo.
“Temer deixa claro que seu alvo é a classe trabalhadora, que é penalizada com os custos dos rombos das contas públicas. Agora, o governo que perdoa a dívida de latifundiários com a Previdência, que não faz qualquer movimento para taxar as grandes fortunas, corta R$ 10 do minguado salário de 45 milhões de aposentados e trabalhadores que vivem de salário mínimo”, protestou o presidente da CTB, Adilson Araújo.
Além do corte no salário mínimo, o governo anunciou na terça-feira (15) uma série de medidas para aumentar a arrecadação. Entre elas, o congelamento do salário dos servidores e a criação de teto salarial no serviço público. Nenhuma delas, no entanto, afeta as grandes fortunas.
Ao aumentar o salário mínimo menos do que estava estimando anteriormente, portanto, aposentados e beneficiários de seguro-desemprego, abono salarial, BPC e Loas também receberão menos, já que os benefícios previdenciários seguem o valor do salário mínimo.
Dieese
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo “necessário” para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ R$ 3.810,36 em julho deste ano. O valor atual é de R$ 937.
Portal CTB