• 22 de novembro de 2024

Mundo tem 40 milhões de pessoas na escravidão moderna e 152 milhões de crianças no trabalho infantil

 Mundo tem 40 milhões de pessoas na escravidão moderna e 152 milhões de crianças no trabalho infantil

Novas estimativas globais serão lançadas hoje pela OIT e parceiros durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Uma nova pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Fundação Walk Free, em parceria com a Organização Internacional para Migração (OIM), revela a verdadeira escala da escravidão moderna em todo o mundo. Os dados, lançados no último dia 18, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, mostram que mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo foram vítimas da escravidão moderna em 2016. Além disso, a OIT também lançou uma nova estimativa de que cerca de 152 milhões de crianças entre cinco e 17 anos foram submetidas ao trabalho infantil no mesmo ano.

As novas estimativas também mostram que as mulheres e as meninas são as mais afetadas pela escravidão moderna, chegando a quase 29 milhões ou 71% do total. As mulheres representam 99% das vítimas do trabalho forçado na indústria comercial do sexo e 84% dos casamentos forçados.

A pesquisa revela que, entre as 40 milhões de vítimas da escravidão moderna, cerca de 25 milhões foram submetidas a trabalho forçado e 15 milhões foram forçadas a se casar.

O trabalho infantil continua concentrado principalmente na agricultura (70,9%). Quase um em cada cinco trabalhadores infantis trabalha no setor de serviços (17,1%), enquanto que 11,9% dos trabalhadores infantis trabalham na indústria.

O Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder, disse: “A mensagem que a OIT está enviando hoje – junto com nossos parceiros da Aliança 8.7  – é muito clara: o mundo não estará em posição de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a menos que aumentemos de maneira dramática os nossos esforços para combater esses problemas. Essas novas estimativas globais podem ajudar a moldar e desenvolver intervenções para prevenir o trabalho forçado e o trabalho infantil”.

O presidente e fundador da Fundação Walk Free, Andrew Forrest, afirmou: “O fato de que, como sociedade, ainda temos 40 milhões de pessoas na escravidão moderna é uma vergonha para todos nós em qualquer dia. Se considerarmos os resultados dos últimos cinco anos, para os quais coletamos dados, 89 milhões de pessoas tiveram alguma experiência de escravidão moderna, por períodos de tempo que variam de alguns dias a cinco anos. Isso fala diretamente com a discriminação e a desigualdade enraizadas profundamente em nosso mundo atual, associadas a uma tolerância chocante da exploração. Isso precisa parar. Todos nós temos um papel a desempenhar na mudança dessa realidade – empresas, governos, sociedade civil, cada um de nós”.

Sobre os dados

As novas estimativas globais são um esforço coletivo dos membros da Aliança 8.7, a parceria mundial para acabar com o trabalho forçado, a escravidão moderna, o tráfico de pessoas e o trabalho infantil, que reúne parceiros chave representando governos, organizações das Nações Unidas, setor privado, organizações de empregadores e trabalhadores e sociedade civil, a fim de atingir a Meta 8.7 da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável .

Os dados estão publicados em dois relatórios:

Os dados estão disponíveis no site da Aliança 8.7 .

Fonte: OIT

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