Desemprego é o menor em 10 anos. Total de ocupados bate recorde: quase 101 milhões
Números de empregados com e sem carteira também são os maiores da série, assim como a massa de rendimento, de R$ 295,6 bilhões. Mas a informalidade atinge 39 milhões de trabalhadores
A taxa média de desemprego foi de 7,8% em 2023, a menor desde 2014 na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Segundo o instituto, que divulgou os resultados na manhã desta quarta-feira (31), o resultado confirma a tendência de recuperação do mercado de trabalho após a covid-19. A menor taxa da série histórica é justamente a de 2014 (7%). As maiores foram registradas em 2020 (13,8%) e 2021 (14%).
Assim, em relação a 2022, o número estimado de desempregados caiu 17,6%, para 8,5 milhões. Já o total de ocupados cresceu 3,8% na mesma comparação, chegando ao recorde de 100,7 milhões. Em relação a 2012, início da série, a alta é de 12,3%.
Outro recorde é do número de empregados com carteira assinada no setor privado: 37,7 milhões, aumento de 5,8% no ano. Por outro lado, os empregados sem carteira, 13,4 milhões, também atingiram a maior quantidade da série, crescendo 5,9% em 2023. Já os trabalhadores no setor doméstico (6,1 milhões) aumentaram 6,2%.
Informalidade e rendimento
Ainda alta, a taxa de informalidade cedeu ligeiramente, de 39,4% para 39,2%. Os informais estão em torno de 39 milhões. Já os desalentados agora são 3,7 milhões, 12,4% a menos do que no ano anterior.
O rendimento médio do ano foi estimado em R$ 2.979, com crescimento de 7,2% sobre 2022. Segundo o IBGE, o valor chega perto do maior já registrado na série – R$ 2.989, em 2014. E a massa de rendimentos atingiu R$ 295,6 bilhões, outro recorde da pesquisa, alta de 11,7%.
Além disso, apenas no trimestre encerrado em dezembro a taxa de desemprego ficou em 7,4%, a menor desde janeiro de 2015 e também a menor para o período desde 2014. O total de ocupados soma 100,985 milhões, crescimento de 1,6% sobre igual período de 2022. Os desempregados somam 8,082 milhões, queda de 5,7%.
Entre os setores de atividade, atividades ligadas a serviços e trabalho doméstico cresceram em relação ao último trimestre de 2022. A agricultura teve queda, enquanto indústria, comércio e construção mantiveram estabilidade.
Mercado de trabalho no Brasil (último trimestre de 2023)
- Ocupados: 100,985 milhões
- Desempregados: 8,082 milhões
- Empregados com carteira: 37,973 milhões
- Empregados sem carteira: 13,527 milhões
- Empregados por conta própria: 25,615 milhões
- Trabalhadores no setor doméstico: 6,037 milhões
Por Redação RBA