Comerciários e comerciárias engajados na luta pela saúde mental e emocional nos locais de trabalho e na comunidade
O Sindicomerciários Caxias está engajado na campanha Janeiro Branco, que tem o objetivo de chamar a atenção para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas. Ao longo do mês o tema será abordado nas redes sociais e no site da entidade, visando a construção de uma mentalidade de prevenção nos locais de trabalho e na comunidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), relatório global apresentado em 2017 mostrava que a depressão atingia 5% da população que vivia no Brasil (11,5 milhões). Já os distúrbios relacionados à ansiedade afetavam 9,3% da população (18,6 milhões).
O primeiro mês do ano foi escolhido porque, simbolicamente, está no meio do caminho entre um ciclo que se fecha e outro que se abre. É o período, geralmente, selecionado pelo indivíduo para iniciar metas. Embaladas por uma perspectiva cultural e simbólica — a virada do ano —, as pessoas encontram-se mais propensas a pensarem na própria vida e nos objetivos a serem alcançados ao longo do ano.
Nilvo Riboldi filho, presidente do Sindicomerciários Caxias, destaca que um dos setores em que mais cresceu a procura por atendimento médico junto a Assistência Médica da entidade foi o de psicologia e psiquiatria, principalmente após a pandemia. “Foram mais de 2 mil consultas com nossas psicólogas e o psiquiatra, que também recebem encaminhamentos dos Clínicos gerais quando algum problema relacionando as doenças emocionais e mentais são identificadas”. Nilvo acrescenta que é importante trabalhar o lado humano nas empresas também, já que “muitos problemas são gerados ou agravados nos locais de trabalho, como a depressão, estresse ocupacional, síndrome de burnout, ansiedade e a síndrome do pánico”. Lembra que é importante o apoio das chefias e colegas, e o encaminhamento o quanto antes para que os problemas não se agravem, causando até mesmo o afastamento do trabalhador e trabalhadora e, em casos extremos, até mesmo casos de suicídio. “Precisamos de ambientes de trabalho mais humanos, com empatia”, finaliza.
Síndrome de Burnout
Um dos problemas mais relatados, além da ansiedade, é a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
A Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir. Essa síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.
Sintomas
A Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas. O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença. Os principais sinais e sintomas que podem indicar a Síndrome de Burnout são:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga.
- Pressão alta.
- Dores musculares.
- Problemas gastrointestinais.
- Alteração nos batimentos cardíacos.