• 22 de dezembro de 2024

Centrais realizam ato pedindo a aprovação do Mínimo Regional

 Centrais realizam ato pedindo a aprovação do Mínimo Regional

A CTB-RS, juntamente com as demais centrais sindicais, realizou na manhã de hoje, em frente a Assembleia Legislativa do RS, um ato contra o parecer do Deputado Dalciso Oliveira, que pede a rejeição do reajuste anual do Salário Mínimo Regional de 4,5%, encaminhado pelo Governador do Estado à Assembleia Legislativa, posicionando-se contra o direito de mais de 1,3 milhão de trabalhadores gaúchos. Esquece o deputado que o Mínimo está sendo reajustado com base numa inflação do ano de 2019, e que deveria estar em vigor desde fevereiro deste ano. Ademais, o parlamentar não leva em conta que os produtos da cesta básica, que os trabalhadores precisam adquirir no comércio local teve um reajuste, em 2019, de 13,89%, três vezes maior do que o reajuste proposto pelo governo.


Guiomar Vidor, presidente da Fecosul e CTB-RS, salienta que: “Se considerarmos o período de janeiro de 2019 a agosto de 2020, o trabalhador, remunerado com o Salário Mínimo, gastaria 23,8% a mais para comprar as mesmas quantidades dos produtos essenciais. Ainda, estados vizinhos, como SC e PR, concederam reajustes para os seus Mínimos de 4,96% e 5,86% respectivamente em janeiro de 2020”.


No ato, os dirigentes pediram aos deputados e deputadas para que rejeitem a vergonhosa proposta apresentada pelo deputado Dalciso Oliveira, que atinge diretamente 1,3 milhão de trabalhadores, como os domésticos e outras categorias que menos ganham e mais precisam do Estado como instrumento de equilíbrio social.


“Alegar que o aumento, que resultaria entre R$55 (emprego doméstico) e R$ 70 (Técnicos | Auxiliares de Enfermagem), traria consequências negativas em relação ao nível de emprego, como propôs o deputado Dalciso, soa muito estranho quando a indústria já demitiu, entre julho e agosto de 2020, 158 mil trabalhadores e o setor industrial que mais demitiu foi o calçadista, com 38 mil assalariados também chamados ‘colaboradores’”, destacou Vidor.


“Tirar de quem menos tem e mais precisa não é uma política aceitável, principalmente neste período de pandemia. Ainda, nos parece uma visão estreita, que não enxerga que tal reajuste resultaria em mais consumo e voltaria a metade em arrecadação de impostos”, afirma Vidor.

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