CAMPANHA SALARIAL 2024: Patrões negam valorização de comerciários e ainda propõe tirar direitos
A direção do Sindicomerciários Caxias se manteve irredutível na reivindicação de aumento com ganho real para os comerciários e comerciários na segunda rodada de negociações da Campanha Salarial 2024. Os representantes dos patrões dos setores de LOJAS e MERCADOS apresentaram uma pauta com congelamento e retirada de direitos, além de oferecerem aos trabalhadores e trabalhadoras apenas a reposição do INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor (3,7%). As reuniões foram realizadas na manhã e na tarde desta quinta-feira, 01 de agosto, no Sindigêneros e no Sindilojas Caxias.
O presidente do Sindicomerciários, Nilvo Riboldi Filho, e, o presidente da Fecosul e CTB-RS, Guiomar Vidor, levaram novamente para a mesa de negociação os dados que demonstram o achatamento do poder de compra dos trabalhadores e trabalhadoras em nossa cidade, onde “com 5,2% de aumento, a cesta básica acaba representando, consumindo, 82% do piso dos comerciários e comerciárias”, argumentou Guiomar. “A melhoria nos salários é fundamental para o crescimento da economia e uma vida digna para os trabalhadores. O que muitos comerciários e comerciárias ganham não é suficiente na maioria das vezes, principalmente para quem acaba ganhando somente o piso. É preciso que os empresários tenham consciência disso”, concluiu.
RETROCESSO E RETIRADA DE DIREITOS
Os representantes dos patrões voltaram a colocar na mesa de negociação pedidos como o do setor de mercados, da retirada da quebra de caixa, congelamento do triênio e quinquênio e dos feriados. Já o setor de lojas, pede o aumento do banco de hora para 6 meses (180 dias), redução do intervalo de almoço para apenas 30 minutos, congelamento do auxílio creche e das bonificações pelo trabalho em domingos e feriados. Também querem corta o triênio dos trabalhadores, aumentar o prazo para a folga de feridos, jornada 3 por 1 durante o mês de outubro e, trabalhar no dia 1º de Maio, feriado do Dia do Trabalhador. Além de oferecer apenas o INPC.
LUTA POR VALORIZAÇÃO E MAIS DIGNIDADE AOS TRABALHADORES
Nilvo Riboldi lembrou que “embora todos tenhamos sentido os efeitos da enchente no nosso Estado, Caxias do Sul, além de apresentar uma realidade diferenciada das demais regiões, também precisamos levar em consideração o alto custo de vida da cidade e da região”. Guiomar, acrescentou que “o sindicato e a federação não vão aceitar apenas a reposição pelo INPC, até porque ele nem mesmo representa a inflação real, que todos sabem que é muito maior. Não podemos deixar que os nossos salários sejam ainda mais achatados! ” Novas reuniões serão marcadas para os próximos dias para retomar as negociações.
