• 24 de dezembro de 2024

Ato em defesa da democracia reúne 20 mil em Porto Alegre

 Ato em defesa da democracia reúne 20 mil em Porto Alegre

Cerca de 20 mil manifestantes estiveram presentes no ato em defesa da democracia realizado nesta segunda-feira, 09, em Porto Alegre. Assim como ocorrera em todo o Brasil, a mobilização fora convocada em regime de urgência pela Frente Brasil Popular, FBP, e pelas centrais sindicais em reação aos gravíssimos ataques à democracia ocorridos em Brasília no último domingo. Os manifestantes também reivindicaram que não haja anistia para os terroristas bolsonaristas que atacaram os prédios do Congresso,  Palácio do Planalto e a sede do STF, e que as autoridades que ajudaram os golpistas ou foram omissas sejam responsabilizadas.

Bolsonaro na prisão
Os manifestantes concentraram-se na tradicional esquina democrática; depois saíram em caminhada pelas ruas do centro da capital gaúcha até o Largo Zumbi dos Palmares. Durante o trajeto, não faltaram palavras de ordem com foco no respeito e na defesa da democracia, apuração e punição dos responsáveis pela ação golpista e até prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para muitos analistas políticos, o grande responsável pelo maior ataque à democracia ocorrido após a redemocratização com a tentativa frustrada de golpe que chocou o mundo na tarde do último domingo tem um responsável: o ex-presidente que, com seu silêncio atual, e as narrativas criadas por ele enquanto estava no poder, parece estimular a ação de seus apoiadores.
A representante da CTB RS, Luciana Congo, que também é diretora do SIMPA, foi uma das lideranças a discursar. Ela enfatizou que “nós trabalhadores e trabalhadoras repudiamos esse ataque golpista à nossa democracia. Elegemos o presidente Lula e exigimos punição com todo rigor, sem nenhum tipo de anistia, aos financiadores, aos agentes públicos e aos executores desse projeto golpista e fascista que aconteceu no domingo”
O dirigente da CTB RS, Éder Pereira, do SINTERGS, afirmou que “o povo brasileiro não aceita o fascismo e o golpismo. Seguiremos na luta e na defesa das instituições democráticas que pertencem ao povo e ao país”.
Já o sindicalista Leonardo Etchevarria, diretor do CPERS Sindicato, lembrou que “as palavras de Lula, ‘Democracia para sempre’, nos movem para a luta contra o fascismo e para a unificação e reconstrução nacional”.

Unidade popular em defesa do Brasil
Os atos golpistas geraram uma imensa reação de solidariedade interna e no mundo ao governo Lula, com dezenas de declarações de chefes de Estado.  
Já as manifestações de rua desta segunda-feira, 09, mostraram o protagonismo e a necessidade de muita atenção por parte dos movimentos sociais e populares organizados frente à pauta golpista que não deve se encerrar com as prisões que estão sendo realizadas em Brasília.
O presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, avalia que positivamente as manifestações em defesa da democracia. “Tivemos uma resposta contundente de todos os setores da sociedade contra os atos de barbárie e de retrocessos promovidos no último domingo por aqueles que não aceitam a democracia e a vontade da maioria da população brasileira. O povo na rua será cada vez mais fundamental para que possamos manter o estado democrático e avançar nas transformações concretas que o Brasil precisa”.
Ele também destacou que a CTB está em alerta, sendo uma das entidades que de imediato reuniu e articulou com a FBP e o Fórum das Centrais para que as manifestações fossem organizadas de forma emergencial para levar o povo às ruas, em favor de democracia, cidadania, dos direitos e pela punição dos terroristas fascistas.

Imagens: Alex Saratt
Redação: Clomar Porto e Alex Saratt

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