Presidente da CTB e FECOSUL, Guiomar Vidor, participa do 18º Encontro da Magistratura do Trabalho do RS em Pelotas
![Presidente da CTB e FECOSUL, Guiomar Vidor, participa do 18º Encontro da Magistratura do Trabalho do RS em Pelotas](https://www.sindicomerciarios.com/wp-content/uploads/2023/09/WhatsApp-Image-2023-09-15-at-13.27.39-850x560-1.jpeg)
Em sua 18ª edição, o evento foi realizado de 13 a 15 de setembro em Pelotas tendo como tema: “O Poder Judiciário como Elemento Perene do Estado Democrático de Direito e Garantidor do Devido Processo Legal”.
Lideranças empresariais, de trabalhadores e governo foram os convidados para o painel de encerramento do evento, “Trabalho e Modernidade”, que contou com a com a participação de Guiomar Vidor, presidente da Fecosul e da CTB RS, Claudir Nespolo, Superintendente Regional do Trabalho no RS, Guilherme Scozziero Neto, diretor da FIERGS e Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio RS, e teve a mediação do Desembargador Francisco Rossal de Araújo, presidente do TRT4.
![](https://ctbrs.org.br/wp-content/uploads/2023/09/WhatsApp-Image-2023-09-15-at-13.27.54-1024x576.jpeg)
Em sua fala, Guiomar Vidor sintetizou o histórico da criação e evolução das normas trabalhistas, evocando o nascimento da Justiça do Trabalho e da CLT, estas que foram marcos históricos para a garantia dos direitos da classe trabalhadora.
Vidor elencou o ciclo de aperfeiçoamento e evolução nas relações de trabalho que chegaram ao seu ápice com a Constituição de 1988; em seguida houve período de flexibilização da legislação trabalhista com as politicas neoliberais nos anos 1990, somente interrompidas com a eleição de Lula em 2002.
Destacou ainda que, com o golpe sofrido pela presidenta Dilma, iniciou um novo ciclo de desconstrução do mundo do trabalho que coincidiu com grande regressão civilizacional seja no campo democrático, seja nas relações de trabalho e relações sociais. Segundo ele, tivemos um retrocesso de um sistema publico de proteção social para um sistema de livre mercado selvagem nas relações de trabalho.
![](https://ctbrs.org.br/wp-content/uploads/2023/09/WhatsApp-Image-2023-09-15-at-13.28.54-1024x576.jpeg)
as principais regressões, segundo Vidor, foram: a prevalência do negociado sobre o legislado; inversão da pirâmide de garantias, Lei, CCT, ACT,ACI; terceirização irrestrita sem solidariedade; trabalho intermitente; fim da política de valorização do salário mínimo; trabalho precário por plataformas digitais; banco de horas anual; restrição ao acesso à Justiça do Trabalho e a limitação de suas competência; enfraquecimento dos sindicatos.
“Este é o retrato do trabalho na modernidade que precisa ser mudado radicalmente”, enfatizou. Vidor defendeu ainda a revogação dos marcos regressivos da reforma trabalhista e previdência, bem como resgate e o fortalecimento dos sindicatos e da Justiça do Trabalho como medidas fundamentais para que se restabeleça um equilíbrio mínimo nas relações de trabalho.
Por fim, Vidor afirmou que a reconstrução do Brasil não passa pelo arrocho dos salários e a retirada de direitos, mas sim, pela união de esforços dos setores produtivos da sociedade na defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento que tenha como centro a defesa da democracia, do fortalecimento da economia nacional, a redução da taxa de juros e a valorização do trabalho.