CAMPANHA SALARIAL: Empresários lojistas e de mercados se mantém intransigentes na terceira rodada de negociação
Na tarde desta segunda-feira, 14 de agosto, o Sindicomerciários Caxias esteve reunido com os representantes dos patrões dos setores lojistas (Sindilojas) e, numa segunda reunião, com mercados (Sindigêneros). Tanto os lojistas quanto os donos de mercados se mantiveram intransigentes ao insistirem em não valorizar a categoria com um índice que signifique aumento real, acima do INPC, nos salários.
SINDICOMERCIÁRIOS PRIORIZA O ENTENDIMENTO
O Sindicomerciários Caxias foi para as reuniões buscando um entendimento, por isso apresentou uma nova proposta, de 5% de reajuste, ou seja, 2% de ganho real, acima do INPC (que é 3%), isso sem abrir mão de direitos.
Mas a posição patronal não demonstrou a mesma disposição para se chegar a um acordo. A diretoria do Sindilojas manteve-se com postura de oferecer apenas o INPC e 3,8% de aumento no piso para quem trabalha em lojas.
Já os empresários do setor de mercados também se mantiveram irredutíveis, oferendo apenas 3,25% de reajuste.
MAIS UMA VEZ FRUSTRAÇÃO
Para Nilvo Riboldi Filho, presidente do Sindicomerciários Caxias, é necessário seguir insistindo e lutando pela valorização da categoria. “Infelizmente, é na mesa de negociação que a gente vê que os empresários priorizam o lucro e a exploração em detrimento do bem-estar e da valorização de seus funcionário. 3% de reajuste, ou seja, só o INPC, como viemos dizendo a cada reunião, está aquém da expectativa de quem trabalhou o ano todo pelo bem das lojas e dos mercados. Quem faz a venda e proporciona o lucro do patrão são os trabalhadores e as trabalhadoras. Chegou a hora de olhar para eles e valorizar”, enfatizou.
Nilvo complementou dizendo que o Sindicomerciários seguirá priorizando o diálogo em busca de um acordo mais justo para a categoria. “Nosso objetivo sempre será a negociação, o entendimento, desde que os comerciários e comerciárias sejam valorizados, respeitados. E, sem sombra de dúvidas, a proposta oferecida até o momento está longe disso!”
O presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, apresentou os dados de crescimento do comércio, mas nem isso sensibilizou os patrões. “Estamos trazendo para a mesa de negociação dados de crescimento apontados pelos representantes do próprio setor supermercadista. Além disso, temos o crescimento do custo de vida, da cesta básica. A valorização do comerciário e comerciária começa quando os mesmos têm condição de no mínimo ter uma vida digna e colocar a comida no prato de seus filhos, de sua família”.
Nilvo deixou uma pergunta na mesa aos empresários: “quais de vocês viveriam com o piso que oferecem aos seus trabalhadores?”. Ainda não estão definidas as datas das novas reuniões de negociação. Acompanhe o andamento em nossas redes sociais.